1a Etapa – Coimbra a Mealhada (23km):
Essa é uma etapa sem nenhum grande sobressalto. A saída de Coimbra se dá pela margem do Rio Mondego, mas rapidamente se sai pela autovia e depois em direção ao campo. Ao contrário de etapas anteriores, esta discorre praticamente inteira sob o asfalto, em estradas secundárias e atravessando diversos povoados e campos de cultivo. Há que se tomar cuidado em Santa Luzia, no atravessamento da autovia. Em Mealhada os bombeiros fazem a acolhida na quadra polideportiva, com colchões e mantas. Ao lado da capela, perto dos bombeiros, há uma pensão econômica. O prato típico da região é o leitão assado, encontrado em vários restaurantes no centro.
2a Etapa – Mealhada a Águeda (25km):
A etapa continua com o mesmo tom da anterior: Muito asfalto, apesar de vias secundárias, vários povoados, e um pouco mais de verde, seja nos bosques de eucalipto ou vinhedos. A sinalização em geral é boa, com exceção da entrada em Avelãs do Caminho, onde não se deve atravessar a rodovia e sim seguir em direção à cidade, e na parte final, numa monótona caminhada por uma zona industrial. Antes de entrar na zona urbana de Águeda, muito cuidado ao atravessar a rodovia. Os bombeiros de Águeda não fazem (pelo menos não costumam) acolhida. O antigo café-pensão Vasco da Gama, logo depois da ponte, dado como opção de alojamento hoje é uma casa de alta rotatividade. Resta como opção um hotel ou o residencial Celeste, que ficam na rodovia nacional, que corta a cidade ao meio. No residencial o ponto positivo é o espírito jacobeo do casal Júlio e Ana, que tratam muito bem os peregrinos e orientam em relação ao caminho na cidade.
3a Etapa – Águeda a Albergaria-a-Velha (17 km):
Mais uma etapa tranquila e curta. Caso o peregrino tenha ficado no residencial Celeste, ele pode continuar pela N1 por uns 2 km, e reencontrar as flechas amarelas no desvio para Mourisca do Vouga. Depois de atravessar o povoado por inteiro, entra-se em Pedaçães, que também é atravessada por inteira. Em seguida, um dos pontos mais interessantes da viagem. Depois de atravessar a N1 com muito cuidado, o peregrino chega à ponte romano-medieval sobre o rio Marnel, que é citada por Confalonieri em seu relato medieval. Mais à frente, há outra ponte medieval, desta vez sobre o rio Vouga. Seguindo então a Estrada Real, o peregrino passa por Serém de Cima e depois de um bosque de eucaliptos, alcança Albergaria-a-Velha. Os bombeiros não fazem acolhida, que é feita pela casa paroquial, e oferecem apenas o banho. A pensão Parente, ao lado do Caminho, é uma boa opção de alojamento.
4a Etapa – Albergaria-a-Velha a Oliveira de Azeméis (21 km):
A etapa parece mais longa do que realmente é. Entre Albergaria-a-Velha e Nova há uma agradável trilha num bosque de eucaliptos. Cuidado na saída de Albergaria, deve-se cruzar a N1 e tomar uma rua à frente. Depois de passar pela imagem de N. Sra., que marca o caminho para o Santuário de N. Sra. do Socorro, a trilha fica mal sinalizada. A trilha acaba em Albergaria-a-Nova e a partir daí o Caminho é todo urbano, mas agradável. Seguindo sempre pela Estrada Real, chega-se a Travanca, que é atravessada por um enorme viaduto. Em seguida, atravessa-se já a periferia de Oliveira, num caminho asfaltado bem agradável, contando inclusive com uma antiga ponte romana. Não falta muito para Oliveira. Já no centro, depois de passar por um marco miliário romano, encontra-se a Igreja Matriz e ao lado o quartel de bombeiros, que fazem uma boa acolhida dos peregrinos no salão nobre.
5a Etapa – Oliveira de Azeméis a Lourosa (22 km):
Pela proximidade d’O Porto, as áreas urbanas dominam esta e a próxima etapas. Muito por causa disso a sinalização fica ruim, portanto, muito cuidado. Saindo de Oliveira passa-se por Santiago de Riba-Ul, cuja igreja está dedicada ao apóstolo, mas estranhamente não há menção a ela pelo Caminho, que passa por trás. Vale a pena o pequeno desvio. Em seguida está Cucujães, cujo mosteiro se vê no alto do morro, mas passa-se ao largo. Não muito depois, já se entra em São João da Madeira. Muito atenção com a sinalização, pequena e fraca nas caixas de luz, que geralmente ficam escondidas atrás dos carros. A falta de flechas continua, portanto, muita atenção. Depois de São João, volta-se para a N1 e depois de um hotel toma-se uma paralela que vai em direção a um legítimo trecho de calçada romana. Depois, em Ferrada, convém perguntar a direção para o quartel de bombeiros de Lourosa, que fica a 750 m do Caminho, mas sem sinalização.
6a Etapa – Lourosa a Porto (28 km):
A presente etapa é larga, mas compensadora. É extremamente urbana, mas possui seus pontos positivos. Cuidado com a saída de Lourosa, que começa paralela à estrada N1 para depois entrar nela. Na altura de Vergada o peregrino sai novamente em favor de uma via paralela. Muito cuidado aqui, pois de repente o caminho sai para a esquerda, cruza a N1 em direção a Mozelos e depois de novo para a direita, num verdadeiro laberinto de pequenas ruas. O caminho chega em Grijó, e logo o peregrino encontra o famoso Mosteiro de Grijó, que merece uma visita demorada. Depois, caminha-se sempre sob asfalto, mas em vias tranquilas e com muito verde. Atravessa-se Vila Nova de Gaia, e chegando na Ponte D. Luís I. Creio que vale mais a pena passar pela parte superior da ponte, do que seguir as setas e passar pela parte inferior. Explico-me: a chegada do peregrino na cidade invicta deve normalmente ocorrer no final da tarde, e a visão do sol banhando o Douro e a cidade é um presente ao esforço do peregrino. Além disso, a parte superior da ponte chega direto à Catedral da Sé, ponto obrigatório para o viajante. Há diversas pensões e alojamentos.
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