8.4.12

Silício






Muito se tem falado da importância de determinadas vitaminas e minerais, mas alguns deles, como o silício, não recebem a verdadeira importância que merecem. O silício ocorre na Natureza combinado com o oxigénio, na forma de dióxido de silício (vulgarmente chamado sílica), e com oxigénio e diversos metais, na forma de silicatos, nunca se encontrando isolado. No seu conjunto, os silicatos e a sílica, representam cerca de 60% da crosta terrestre, tornando este mineral o segundo elemento mais abundante na face da Terra, a seguir ao oxigénio. A sílica surge em formas cristalinas distintas, sendo o quartzo a mais comum e ocorrendo também no granito, na areia e em arenitos. Actualmente, este mineral serve de excipiente a múltiplos medicamentos, cosméticos e é indispensável na produção de artigos de alta tecnologia.

A sílica desempenha um papel primordial em todos os seres vivos, nomeadamente no desenvolvimento normal dos ossos, cartilagens e tecido conjuntivo. No mundo animal o desenvolvimento dos chifres, dos cascos e das penas das aves é condicionado pela quantidade de sílica absorvida. No ser humano, trata-se do desenvolvimento da pele, do cabelo e das unhas que depende deste mineral. Nas espécies vegetais, a sílica integra os tecidos de suporte, tornando a planta mais resistente às doenças e ao ataque de parasitas, por exemplo.

A função de maior destaque que a sílica assume no nosso organismo é o papel que desempenha na formação do tecido conjuntivo, com especial relevo a nível da pele, cabelo e unhas. As suas propriedades benéficas a este nível foram testadas e comprovadas por inúmeros estudos farmacológicos e investigações científicas. Assim, a sílica pode beneficiar situações de irritações na pele, prurido, acne, eczemas, ferimentos ligeiros, picadas de insectos, contusões e até vários tipos de queimaduras (incluindo solares). Para além das características já descritas, este mineral actua beneficamente a outros níveis: como suporte do colagénio, em relação aos ossos, cartilagens e dentes, revelando-se útil em casos de artrose e osteoporose; Neste campo, a investigação clínica relata casos em que a sílica pode travar a evolução da artrose, apoiar a renovação da cartilagem, aliviar as dores e até recuperar a mobilidade. Este nutriente promove a elasticidade dos vasos sanguíneos, o que ajuda na prevenção da aterosclerose; ajuda a normalizar a tensão alta; actua como anti-inflamatório, ao estimular o sistema imunitário; é benéfico em perturbações do aparelho digestivo: azia, gastrite, úlcera gástrica, gases, obstipação, diarreia e todo o tipo de inflamações e infecções. Investigações científicas comprovam que a silíca diminui a capacidade de absorção do alumínio contido nos alimentos, ajudando a reduzir o risco de envenenamento por este elemento;

Não existe uma dose diária recomendada para este mineral, mas de acordo com alguns especialistas a dose adequada situa-se entre os 10 e os 40mg diários. A suplementação deste elemento é recomendada, muitas vezes em consequência de hábitos alimentares inadequados e a determinados grupos, cujas necessidades são acrescidas: grávidas, crianças em fase de crescimento e idosos. Quando a dieta diária não fornece ao organismo sílica em quantidades suficientes, podem manifestar-se os seguintes sinais: enfraquecimento do tecido conjuntivo; aumento da incidência de fracturas ósseas; pele baça e pálida; aparecimento de imperfeições na pele e comichões; cabelos sem brilho e com pontas espigadas; queda de cabelo; unhas quebradiças; perda de elasticidade nos tendões e ligamentos; sensação geral de fraqueza; é comum os indivíduos com carências de silíca sentirem frio.

Também existem determinadas plantas ricas neste mineral como, por exemplo, a Cavalinha (Equisetum arvense) e a Urtiga (Urtica dioica), que fornecem quantidades consideráveis de silíca ao nosso organismo. Os alimentos integrais são também ricos neste nutriente.


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