A Cidade de Santiago de Compostela
Santiago de Compostela é a capital da Galiza (Espanha), localiza-se na Corunha, de área 221,50 km² com população de 92.298 habitantes (2004) e densidade populacional de 416,70 hab/km². É uma cidade mundialmente famosa pela sua catedral de fachada barroca/romântica onde acorrem os peregrinos que perfazem os Caminhos de Santiago de maneira a depararem-se com o manto de Sant'Iago, um dos apóstolos de Cristo, cujo corpo se diz que foi trasladado para aquele lugar.
A História do Caminho de Santiago de Compostela
No mês de Julho muitos peregrinos, místicos e terapeutas de índole cristã percorrem o caminho de Santiago de Compostela em busca do auto-conhecimento, da purificação e da paz interior, repetindo uma tradição de quase dez séculos de existência. Por esse caminho passaram reis, nobres, guerreiros, sábios e ignorantes.
Muitos são levados a percorrer o caminho em busca do cumprimento de uma penitência e outros por prestígio, pois no final da peregrinação recebe-se um certificado, antigo costume que ainda hoje se mantém.
Muitos são levados a percorrer o caminho em busca do cumprimento de uma penitência e outros por prestígio, pois no final da peregrinação recebe-se um certificado, antigo costume que ainda hoje se mantém.
Conta a lenda que em 813 um pastor eremita observou luzes na floresta daquela região da Espanha. Ele informou ao bispo chamado Teodomiro, que providenciou as escavações, nas quais foram encontrados os restos mortais e a lápide de Tiago, discípulo de Jesus, o qual foi decapitado em 44 d.C. na Palestina. Seus discípulos levaram-no de barco ao porto de Jaffa, e depois de navegarem sete dias à deriva chegaram às praias galegas.
Seguiram em carro de boi por uma estrada pela qual, depois de percorridos 32 km, os bois recusaram-se a continuar. Era o Bosque de Libredón, em Espanha, local de sua última peregrinação. Teodomiro anunciou a descoberta ao Rei Afonso II, que proclamou Tiago como o padroeiro de seu reino.
Escritos medievais confirmam o aparecimento de uma luz ou de uma estrela, o que os inspirou a darem ao lugar o nome de "Campo da Estrela", firmando assim o nome Compostela. No século XII o padre francês Américo Picaud escreveu cinco livros contando a história da vida do apóstolo, e os caminhos que o levaram a Santiago. Naquela época o lugar foi considerado santo pela Igreja Católica. Já em 1962, a Espanha declarou o caminho de Santiago património histórico e artístico do país, pois nele existem igrejas e monumentos do século X.
Desde a década de oitenta muitos místicos, magos e terapeutas fazem deste caminho um circuito de autoconhecimento, em busca de paz interior. Os peregrinos são facilmente identificados: usam um cajado para lhes servir de apoio nos trechos mais difíceis ou para se defenderem dos lobos e trapaceiros que estão no caminho, uma capa curta para protegê-los do sol e da chuva, chapéu de abas largas, uma bolsa de couro e uma caixa de primeiros socorros.
Seguiram em carro de boi por uma estrada pela qual, depois de percorridos 32 km, os bois recusaram-se a continuar. Era o Bosque de Libredón, em Espanha, local de sua última peregrinação. Teodomiro anunciou a descoberta ao Rei Afonso II, que proclamou Tiago como o padroeiro de seu reino.
Escritos medievais confirmam o aparecimento de uma luz ou de uma estrela, o que os inspirou a darem ao lugar o nome de "Campo da Estrela", firmando assim o nome Compostela. No século XII o padre francês Américo Picaud escreveu cinco livros contando a história da vida do apóstolo, e os caminhos que o levaram a Santiago. Naquela época o lugar foi considerado santo pela Igreja Católica. Já em 1962, a Espanha declarou o caminho de Santiago património histórico e artístico do país, pois nele existem igrejas e monumentos do século X.
Desde a década de oitenta muitos místicos, magos e terapeutas fazem deste caminho um circuito de autoconhecimento, em busca de paz interior. Os peregrinos são facilmente identificados: usam um cajado para lhes servir de apoio nos trechos mais difíceis ou para se defenderem dos lobos e trapaceiros que estão no caminho, uma capa curta para protegê-los do sol e da chuva, chapéu de abas largas, uma bolsa de couro e uma caixa de primeiros socorros.
A tradição pede que os andarilhos enfeitem as mochilas com conchas, pois são o símbolo do peregrino, uma espécie de símbolo do "santiaguista". Carregam também uma pequena cruz em forma de espada, a protecção de São Tiago Mata-Mouros. Lembrando outra lenda, em maio de 844 um príncipe venceu os mouros com a ajuda milagrosa de Santiago.
Existe ainda outra tradição: o Papa Alexandre III estabeleceu que seriam considerados anos santos compostelanos aqueles em que o dia 25 de julho, dia de São Tiago, calhasse num domingo. A popularidade do caminho de Compostela é tão grande em todo o mundo, que em vários países existem grupos de peregrinos que se reúnem para tirar suas dúvidas, e contam com o apoio da Federação de Associações de Amigos do Caminho de Santiago de Compostela, sediada na Espanha. A melhor época para se fazer a peregrinação são os meses de abril e outubro.
O Caminho de Santiago de Compostela
Os Caminhos de Santiago são os percursos percorridos pelos peregrinos que afluem a Santiago de Compostela desde o Século IX. Estes são chamados de Concheiros devido ao seu símbolo ser uma concha, normalmente uma vieira. Os caminhos espalham-se por toda a Europa e vão todos desaguar aos caminhos franceses que posteriormente se ligam aos espanhóis, com excepção do Caminho Português, que tem origem a sul.
Esta rota une diversas zonas da Europa a Compostela e foi seguida por milhões de pessoas das mais variadas procedências. O itinerário mais famoso é o Caminho Francês, que se dirige a Santiago atravessando o norte de Espanha, mas existem outros percursos não menos importantes vindos de Portugal, do sul de Espanha, das Astúrias, e do oeste e norte da Europa por via marítima. O Caminho Francês é a rota principal até ao túmulo do Apóstolo São Tiago. A maioria dos caminhos vindos do continente europeu se juntam para entrar na Península Ibérica, constituindo o chamado Caminho Francês, que entra na Espanha por Roncesvalles, no sopé dos Pirenéus, e de lá segue em cerca de 800 km até chegar a Santiago de Compostela.
O Caminho de Santiago atingiu o máximo esplendor nos séculos XI e XII. Nas últimas décadas voltou a ganhar protagonismo, sendo convertido num itinerário espiritual e cultural de primeira ordem. Foi declarado Primeiro Itinerário Cultural Europeu (1987) e Património da Humanidade na Espanha (1993) e França (1998).
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