O arroz integral (de cor castanha, devido ao facto de não lhe ser removida a película) deve o seu valor aos nutrientes que se encontram na casca.
O arroz é uma gramínea cultivada desde há milénios na Ásia. A orizicultura, que começou por se desenvolver sobretudo em regiões tropicais e subtropicais, é hoje em dia comum em todo o mundo.
Actualmente existem inúmeras variedades de arroz, que podem ser preparadas de diversas formas, seja como prato principal, acompanhamento ou sobremesa.
Este alimento não possui gordura ou sal, mas é rico em nutrientes, nomeadamente em hidratos de carbono, que fornecem energias indispensáveis a uma alimentação equilibrada e saudável, sendo por isso a base da alimentação de mais de metade da população mundial. Contudo, para podermos falar de valor nutritivo é necessário, em primeiro lugar, distinguir o arroz branco do integral.
O arroz sofre determinados processos específicos para ter uma aparência mais atractiva aos olhos do consumidor, atingir um maior período de conservação e para que se cozinhe mais rapidamente. Para que se torne branco é-lhe retirada a casca e a película e são utilizadas substâncias, como o talco ou a parafina, para o branquear, técnicas estas que simultaneamente eliminam substâncias nutritivas.
O arroz branco contém apenas amido, e os povos mais pobres que baseiam a sua alimentação quase exclusivamente neste alimento sofrem muitas vezes de carências vitamínicas, das quais podem resultar doenças como o beribéri (carência de vitamina B1), por exemplo. Na maioria dos países ocidentais, onde a alimentação é mais diversificada, o arroz branco é geralmente um bom acompanhamento de outros alimentos, dado que fornece energia facilmente assimilável. É aconselhado em casos de desarranjos intestinais.
Por seu lado, o arroz integral deve o seu valor aos nutrientes que se encontram na casca: fibras, vitaminas, minerais e óleos essenciais. Por exemplo, a uma chávena de arroz integral correspondem cerca de 3,5 gramas de fibra, enquanto que à mesma quantidade de arroz branco equivale somente 1g.
O arroz integral é rico em vitamina E, vitaminas do grupo B, cálcio, fósforo e magnésio. Estes nutrientes são importantes numa alimentação equilibrada, e ajudam a prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares e a diminuir o nível de colesterol no sangue. No que respeita ao teor de fibras alimentares contidas no arroz integral, estas favorecem a digestão, ajudando a promover o bom funcionamento intestinal.
O principal inconveniente deste arroz é que o seu prazo de conservação não é tão alargado como o do arroz branco, e o tempo de cozedura é mais prolongado.
Porém, para facilitar a cozedura pode deixar-se o arroz integral de molho, cozê-lo duas vezes ou ainda cozê-lo na panela de pressão.
Existem também no mercado variedades de arroz semi-integral, que conservam grande parte do seu valor nutritivo, mas cujo tempo de cozedura é inferior ao do arroz integral e é mais fácil de mastigar.
O valor nutritivo do arroz integral é tal que, segundo a Macrobiótica, existe uma dieta baseada praticamente nesse alimento, devido ao facto de activar as funções de limpeza natural do organismo, mantendo-o, ao mesmo tempo, equilibrado. Este regime assenta no facto de muitas doenças surgirem devido ao mau funcionamento intestinal e, de acordo com os macrobióticos, a dieta exclusiva do arroz integral só deve ser efectuada durante uma semana - e, sempre, após consulta médica.
O arroz é ainda um alimento considerado antialérgico, pois não contém glúten, pelo que é escolhido como base da alimentação de pessoas que sofrem de determinadas alergias alimentares, como é a doença celíaca. Também aqueles que não toleram a proteína do leite (alérgicos à lactose), ou os veganos, têm nas bebidas elaboradas à base de arroz uma óptima alternativa.
A substituição do arroz branco pelo integral introduz na alimentação diária maior valor nutritivo.
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