Já pensou que sentir-se triste, não ter energia, cansar-se facilmente ou até perder o interesse por actividades que lhe são habitualmente agradáveis poderão ser sinais de que está deprimido?
Sentir-se deprimido após uma vivência que o afectou negativamente é normal, mas se os sintomas depressivos se agravarem e/ou perdurarem no tempo deverá procurar ajuda.
A depressão é uma doença mental, nem sempre evidente, que afecta qualquer pessoa em qualquer idade e a sua duração pode ser episódica, recorrente ou crónica, chegando, por vezes, os seus sintomas a durar meses ou anos devido à falta de tratamento adequado.
A causa desta doença pode ser endógena, manifestando-se progressivamente, sem motivo aparente ou exógena, quando é desencadeada por factores ambientais externos como o stress, momentos de perdas ou problemas profissionais.
O diagnóstico da depressão implica o relacionamento de sintomas, geralmente associados à mesma, com factores de risco para esta doença.
São exemplo de factores de risco a perda de um familiar próximo, um histórico de depressão no passado ou em familiares, reformas prematuras, mulheres no primeiro ano após o parto, durante a menopausa ou pós-menopausa, pessoas com doenças crónicas e familiares que coabitem com as mesmas, profissões de stress elevado, etc.
Os sintomas mais comuns de depressão são a modificação do apetite, perturbações do sono, fadiga, cansaço, sentimentos de inutilidade, falta de confiança ou auto-estima, sentimentos de culpa, falta de concentração, preocupação com o sentido da vida apatia, tristeza, alteração do desejo sexual, não sair de casa, não querer conviver, irritabilidade e manifestação de sintomas físicos como dor muscular, dor abdominal e enjoos.
Em casos mais extremos, o prolongamento dos sintomas, muitas vezes, sem qualquer tipo de ajuda, poderá levar ao suicídio – consequência possível quando os sintomas de depressão não são reconhecidos a tempo.
A prevenção é a melhor forma de impedir a depressão ou o agravamento dos seus sintomas. Determinar o factor ou factores que desencadeiam a crise depressiva é importante para aprender a evitar ou lidar com os mesmos.
Tratar a Depressão
A depressão pode ser tratada através do uso de medicamentos, de intervenções psicoterapeuticas, ou da conjugação de ambas, mas há que ter em consideração que estes tratamentos são sempre demorados e que a intervenção medicamentosa está, muitas vezes, associada a efeitos secundários indesejáveis.
O recurso à terapia e/ou aconselhamento psicológico são benéficos, assim como a redução do stress e a identificação de alimentos alergénicos, visto que um dos sintomas de intolerâncias alimentares é muitas vezes a depressão.
Manter-se ocupado ou ter actividades de lazer que permitam o contacto social são medidas importantes para se sentir útil e sobretudo combater o isolamento.
Existem também várias opções de coadjuvantes no tratamento da depressão que contribuem para a redução ou eliminação dos seus sintomas.
Cabe a cada indivíduo a escolha das soluções que melhor se adaptem ao seu estilo de vida e condição física, não devendo ser desprezado nunca o acompanhamento médico e a importância que a redução de certos alimentos poderá ter para o seu bem-estar (café, álcool, gorduras saturadas, alergénicos p.ex.).
Suplementos Naturais
O desenvolvimento da ciência aplicada aos suplementos alimentares permite que a oferta actual de soluções naturais para a depressão seja eficaz e sem os efeitos adversos dos fármacos.
Boas opções naturais coadjuvantes no tratamento da depressão são:
• O hipericão, ou erva de São João, planta cujas propriedades a tornam indicada para sintomas de depressão, ansiedade e insónia, sendo usada no anti-depressivo mais receitado na Alemanha.
• Sementes de Griffonia simplicifolia (5-HTP), planta que sintetiza um percursor da serotonina, hormona com um papel importante no nosso sistema nervoso.
• A fenilalanina, um aminoácido que se encontra apresente em todas as proteínas. Tendo-se constatado que indivíduos deprimidos têm valores mais baixos deste aminoácido e sendo este um percursor de várias substâncias associadas ao bom humor, a fenilalanina quando tomada como suplemento poderá ser tão eficaz como fármacos antidepressivos.
• A tirosina, um aminoácido percursor da hormona responsável pelo bom humor (dopamina).
• A fosfatidilserina, um fosfolípido que participa na formação de alguns neurotransmissores.
• Rodiola, planta com propriedades anti-stress e associada ao bom humor.
• Vitaminas do complexo B – a carência neste tipo de vitaminas é comum em casos de depressão.
• Concentrados de óleo de peixe de águas frias – o aumento do consumo de ácidos gordos está associado à diminuição da incidência da depressão.
• A valeriana tem um efeito relaxante, aumenta a qualidade do sono e diminui a tensão de origem nervosa.
• Extractos de cidreira, planta com acção na diminuição da ansiedade e dos distúrbios do sono, associados a estados depressivos.
• Extracto de Apocynum venetum também é considerado um anti depressivo natural alternativo à erva de São João.
• Combinações de coenzima Q-10, Panax ginseng e Rodiola ajudam a uma recuperação rápida e reparadora de sinais de fadiga e esgotamento.
Outras Terapias
O recurso à terapia floral permite obter resultados que se manifestam de forma suave mas efectiva, proporcionando um bem-estar global em espaços de tempo relativamente breves.
A prática de exercício físico providencia uma melhoria de humor, um acréscimo de auto-estima, uma melhoria da prestação laboral e um decréscimo da depressão. Existem ainda evidências de que o exercício físico pode prevenir o aparecimento de estados depressivos em indivíduos saudáveis e a recaída em doentes previamente tratados com sucesso.
O Reiki, a aromaterapia, a acupuntura, a massagem ou a reflexologia poderão ser também coadjuvantes do tratamento da depressão.
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