Muito se tem falado do Aloe Vera pelas suas alegadas propriedades curativas em casos de obstipação, lesões da pele e, inclusivamente, cancro e outras doenças. Contudo, se em algumas situações os benefícios desta planta são efectivos e cientificamente reconhecidos, noutros casos tal não sucede, pelo que considerá-la "planta dos milagres", em minha opinião, é exagerado.
O Aloe Vera tem vindo a ser utilizado desde a Antiguidade pelas suas características medicinais e muitos foram os povos que o utilizaram. A título de curiosidade e, segundo alguns historiadores, Aristóteles terá persuadido Alexandre Magno a conquistar a ilha de Socotorá, ao largo da costa leste africana, por aí abundar o aloés em quantidade suficiente para poder tratar os ferimentos dos seus soldados.
Já Cleópatra, por seu lado, procurava utilizar o gel desta planta para proteger a sua pele dos efeitos do forte sol egípcio, tentando, assim, preservar a sua beleza e juventude.
Na realidade, o aloés é uma planta originária do sul de África, caracterizada por folhas verdes carnudas, de forma lanceolada com bordos espinhosos e flores vermelhas ou amarelas. De facto, existem mais de 200 espécies de aloés, mas a mais utilizada é o Aloe barbadensis (mais conhecida como Aloe vera).
Das folhas suculentas desta planta é possível extrair duas substâncias principais que é necessário saber distinguir: o "azebre" ou seiva e o gel de aloés.
A primeira, obtém-se incisando a superfície das folhas de onde jorra uma seiva viscosa de cor amarelada e de sabor amargo. Esta substância contém cerca 20% de aloína, uma antraquinona que, em quantidades adequadas, pode facilitar a digestão e actuar como laxante ou até como purgante. A dose máxima não deverá, no entanto, exceder as 500mg/dia. Por outro lado, esta substância (azebre) não deve ser utilizada por mulheres grávidas ou durante o período menstrual, nem é recomendável para quem sofra de hemorróidas, pelo facto de poder provocar o seu sangramento.
A outra substância, talvez a mais utilizada actualmente e que se extrai da polpa das folhas carnudas do aloés é o gel. Da sua composição fazem parte, entre outras, enzimas, minerais, aminoácidos, vitaminas do complexo B, polissacáridos, bem como uma substância chamada "acemanan" que se pensa poder estimular as defesas imunológicas, estando provavelmente, por esta razão, a ser levados a cabo estudos sobre a acção do aloés em certas doenças como o cancro. Mais comprovadas são, no entanto, as propriedades cicatrizantes e regeneradoras deste gel. Por este motivo e, tradicionalmente, a sua utilização em casos de úlceras gastroduodenais e inflamações das mucosas do aparelho digestivo é uma das mais comuns. Lesões da pele (feridas e queimaduras) constituem igualmente um campo de acção, em que os efeitos do Aloe Vera se podem revelar benéficos. Afirma-se aliás que, na Segunda Guerra Mundial, alguns sobreviventes às explosões atómicas de Hiroshima e Nagasáqui, utilizaram o aloés no tratamento das queimaduras provocadas pela radiação.
Outra área em que o Aloe vera é utilizado com grande frequência é o da cosmética (loções e cremes hidratantes e protectores, emulsões solares, etc.). Para além de revitalizar a pele, o aloés confere-lhe resistência e beleza, podendo ajudar a evitar as cicatrizes inestéticas e as estrias. Também é utilizado no cuidado do cabelo e das unhas.
Por outro lado e, pelo facto de o considerarem depurativo e tonificante, muitas pessoas saudáveis usam-no regularmente como forma de preservar a sua saúde.
Os produtos à base de Aloe Vera disponíveis no mercado são muito variados. No entanto, se pretender, cultivar esta planta de tradição milenar em sua casa, saiba que tal não requer cuidados muito especiais. A luz do sol é fundamental e a planta necessita de pouca água. Contudo e, porque depois de cortada a folha de Aloe Vera oxida em poucas horas, a sua utilização deverá ser rápida. Existe uma preparação caseira à qual, depois de triturada a folha, se adicionam algumas colheres de aguardente e mel. Na minha opinião, embora esta preparação não contenha contra-indicações para a maior parte das pessoas (não é o caso dos que não podem tomar álcool ou ingerir açúcares), o seu uso não deverá ser alternativo a um tratamento médico, mas apenas complementar. Aliás e, em caso de dúvida, não se esqueça de consultar sempre o seu clínico assistente.
O Aloe Vera tem vindo a ser utilizado desde a Antiguidade pelas suas características medicinais e muitos foram os povos que o utilizaram. A título de curiosidade e, segundo alguns historiadores, Aristóteles terá persuadido Alexandre Magno a conquistar a ilha de Socotorá, ao largo da costa leste africana, por aí abundar o aloés em quantidade suficiente para poder tratar os ferimentos dos seus soldados.
Já Cleópatra, por seu lado, procurava utilizar o gel desta planta para proteger a sua pele dos efeitos do forte sol egípcio, tentando, assim, preservar a sua beleza e juventude.
Na realidade, o aloés é uma planta originária do sul de África, caracterizada por folhas verdes carnudas, de forma lanceolada com bordos espinhosos e flores vermelhas ou amarelas. De facto, existem mais de 200 espécies de aloés, mas a mais utilizada é o Aloe barbadensis (mais conhecida como Aloe vera).
Das folhas suculentas desta planta é possível extrair duas substâncias principais que é necessário saber distinguir: o "azebre" ou seiva e o gel de aloés.
A primeira, obtém-se incisando a superfície das folhas de onde jorra uma seiva viscosa de cor amarelada e de sabor amargo. Esta substância contém cerca 20% de aloína, uma antraquinona que, em quantidades adequadas, pode facilitar a digestão e actuar como laxante ou até como purgante. A dose máxima não deverá, no entanto, exceder as 500mg/dia. Por outro lado, esta substância (azebre) não deve ser utilizada por mulheres grávidas ou durante o período menstrual, nem é recomendável para quem sofra de hemorróidas, pelo facto de poder provocar o seu sangramento.
A outra substância, talvez a mais utilizada actualmente e que se extrai da polpa das folhas carnudas do aloés é o gel. Da sua composição fazem parte, entre outras, enzimas, minerais, aminoácidos, vitaminas do complexo B, polissacáridos, bem como uma substância chamada "acemanan" que se pensa poder estimular as defesas imunológicas, estando provavelmente, por esta razão, a ser levados a cabo estudos sobre a acção do aloés em certas doenças como o cancro. Mais comprovadas são, no entanto, as propriedades cicatrizantes e regeneradoras deste gel. Por este motivo e, tradicionalmente, a sua utilização em casos de úlceras gastroduodenais e inflamações das mucosas do aparelho digestivo é uma das mais comuns. Lesões da pele (feridas e queimaduras) constituem igualmente um campo de acção, em que os efeitos do Aloe Vera se podem revelar benéficos. Afirma-se aliás que, na Segunda Guerra Mundial, alguns sobreviventes às explosões atómicas de Hiroshima e Nagasáqui, utilizaram o aloés no tratamento das queimaduras provocadas pela radiação.
Outra área em que o Aloe vera é utilizado com grande frequência é o da cosmética (loções e cremes hidratantes e protectores, emulsões solares, etc.). Para além de revitalizar a pele, o aloés confere-lhe resistência e beleza, podendo ajudar a evitar as cicatrizes inestéticas e as estrias. Também é utilizado no cuidado do cabelo e das unhas.
Por outro lado e, pelo facto de o considerarem depurativo e tonificante, muitas pessoas saudáveis usam-no regularmente como forma de preservar a sua saúde.
Os produtos à base de Aloe Vera disponíveis no mercado são muito variados. No entanto, se pretender, cultivar esta planta de tradição milenar em sua casa, saiba que tal não requer cuidados muito especiais. A luz do sol é fundamental e a planta necessita de pouca água. Contudo e, porque depois de cortada a folha de Aloe Vera oxida em poucas horas, a sua utilização deverá ser rápida. Existe uma preparação caseira à qual, depois de triturada a folha, se adicionam algumas colheres de aguardente e mel. Na minha opinião, embora esta preparação não contenha contra-indicações para a maior parte das pessoas (não é o caso dos que não podem tomar álcool ou ingerir açúcares), o seu uso não deverá ser alternativo a um tratamento médico, mas apenas complementar. Aliás e, em caso de dúvida, não se esqueça de consultar sempre o seu clínico assistente.
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