1.5.12

Cancro









Recentemente, em quase toda a comunicação social, foi revelada ao púbfico uma descoberta feita por cientistas americanos que, nas suas investigações, realizaram avanços para uma possível futura cura do cancro. Inclusivamente, a revista norte americana TIME, dedicou um extenso artigo sobre esta doença e os avanços da ciência, principalmente no que diz respeito aos possíveis tratamentos.

A propósito deste artigo da revista americana, uma carta de um dos seus feitores, coloca uma questão interessante e pertinente. O pai morrera de cancro em 1963, repetindo-se o mesmo com a mãe 9 anos depois e em ambas as alturas se pensava que a "descoberta da cura do cancro estava eminente". O autor de carta conclui que, apesar das enormes somas gastas em investigação e, enquanto essa descoberta não acontece, a prevenção é o caminho a seguir para o caso das pessoas que se encontram saudáveis.

Não há dúvida que têm sido notáveis os progressos da medicina quer ao nível do diagnóstico, quer ao nível do combate a esta doença. Contudo, porque a cura não é certa e porque os tratamentos necessários são, frequentemente, muito traumatizantes, parece-me que devemos empenhar-nos em dois pontos fundamentais: a detecção precoce e, sobretudo, a prevenção.

E, afinal como pode cada um de nós tentar prevenir o aparecimento do cancro?

Desde logo, existem 2 factores, entre outros, cientificamente comprovados e bastante divulgados, o consumo de tabaco e exposição solar não controlada, que podem provocar esta doença, mas a que, infelizmente, muitos não dão a devida atenção.

Segundo O World Cancer Research Fund, a dieta ocidental actual é uma das causas que contribui para o aparecimento do cancro e, o facto de certos hábitos alimentares se tomarem mais racionais e equilibrados, pode conduzir a uma redução de risco de cancro até cerca de 40%. A World Cancer Research Fund propõe, assim, como medidas principais de mudança dietética o uso de carne em não mais do que 3 refeições por semana, limitar o álcool a menos de 2 copos por dia no caso dos homens, 1 no caso das mulheres, aumentar o consumo de frutas e vegetais para 5 porções diárias e reduzir a ingestão de gorduras saturadas. A título de exemplo: comer brócolos, couve ou couves de bruxelas 3 vezes por semana, ou alho diariamente, pode diminuir para metade o risco de cancro do cólon; ingerir 1 tomate (maduro) por dia pode diminuir o risco de cancro da próstata em 20%; comer tofu e outros derivados da soja pode reduzir o risco de cancro mamário e da próstata.

Também o aumento do consumo de fibras através da dieta é, reconhecidamente, um dos factores protectores, já que permite aumentar a velocidade de eliminação das fezes através dos intestinos, reduzindo o tempo de exposição do cólon a agentes cancerígenos. Por outro lado, a digestão destas fibras pela flora intestinal, liberta uma substância que se provou desactivar um gene promotor dos cancros intestinais. A ingestão de 30g diárias é o aconselhado e podem ser obtidas através dos vegetais e frutos ( 1 pêra fornece 4g), farelo de cereais (meia chávena equivale a cerca de 13g), leguminosas (meia chávena de feijão fornece 7g).

As substâncias antioxidantes (ex: selénio, vitaminas A, C, E e os carotenóides) constituem outra linha de frente na prevenção. Qualquer delas já deram provas da sua eficácia na diminuição do risco de cancro do cólon e dos pulmões. O grupo dos carotenóides (presentes por exemplo na cenoura, tomate, tangerina, papaia, espinafres, etc. ) tem, igualmente, evidenciado uma acção preventiva em diversos tipos de cancro. Mais recentemente, o consumo de chá verde, tem sido apontado como outro factor a ter em conta para evitar o aparecimento desta doença.

Embora sem resultados cientificamente comprovados, mas de acordo com a medicina popular, são ainda utilizados o pau d'arco, a argila e o aloé vera entre outros.
A cartilagem de tubarão, devido às suas propriedades anti-angiogénicas, tem motivado vários estudos no combate a esta doença, sem que, no entanto, se possam ainda tirar ilações seguras.

E, finalmente, tenha ainda em conta que a dieta, o exercício físico, juntamente com uma vida saudável com menos stress, pode ser uma das melhores armas para prevenir o cancro.



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