Garcia de Orta (§), médico, (século XVI) considerado o fundador da Medicina Tropical, trouxe da Índia muitas notícias e saberes no uso das plantas e frutos. Praticou medicina na Índia e estabeleceu correlações com a medicina ocidental, na cura natural pelas plantas, num encontro ayurvédico. Na Índia, a Medicina Ayurvédica é das mais antigas da história da humanidade. As plantas e os exercícios corporais são usados para repor o equilíbrio através da energia vital, o prāna.
Também Aristóteles vem a reconhecer o valor medicinal de certa planta que se encontrava em Socotorá. Alexandre Magno nas suas viagens e sucessivas “conquistas”, mandava notícias ao seu mestre. Em Socotorá encontrou uma “droga”, sem a qual determinado remédio não seria eficaz. Aristóteles aconselhou-o a evacuar os próprios habitantes e a enviar gregos para se fixarem e guardarem a bendita planta medicinal. No mundo árabe encontramos o Cânone de Medicina de Avicena baseados nos princípios naturais, que se tornou num dos principais compêndios nas faculdades de medicina no mundo ocidental.
A milenar medicina chinesa no seu complemento do yin e yang passa pelo restabelecimento das energias através dos elementos da natureza para o equilíbrio do corpo e do espírito. Não se encontra também essa sabedoria sobre as plantas e suas curas milagrosas, nos bálsamos que Maria Madalena usou para suavizar os pés de Jesus?
Obviamente a Natureza é parte integrante do planeta e cabe ao homem de hoje, usar o que contínua à sua disposição o melhor possível, assim desde a Antiguidade a Alfazema é uma das mais populares plantas medicinais. Na medicina árabe a Alfazema é utilizada como expectorante, enquanto na tradição europeia é considerada uma planta benéfica para as feridas.
As espécies mais utilizadas medicinalmente são a Lavandula Angustifolia e o L. Latifolia, sendo o primeiro considerado o rei dos Alfazemas.
As espécies mais utilizadas medicinalmente são a Lavandula Angustifolia e o L. Latifolia, sendo o primeiro considerado o rei dos Alfazemas.
De púrpura suave, a Alfazema tem um perfume fresco, natural e limpo. Seu nome deriva do latim lavare (lavar).
É de realçar o seu efeito relaxante ao nível do SNC – sistema nervoso central, em que equilibra o complexo hormonal, sendo óptimo para proporcionar um sono calmo, com efeito positivo ao nível do hipertiroidismo, ou seja tem a capacidade de induzir ao equilíbrio e reduzir a excessiva actividade da tiróide.
Para além da acção relaxante é anti-espamódica, estimulante circulatório, tónico para o sistema nervoso, anti-bacteriana, analgésica, estimula o fluxo biliar, anti séptica, tónico cardíaco, cicatrizante. Como chá, alivia tosses e resfriados.
Cheirar, beber, aplicar tanto como óleo como creme, é o benefício de uma planta medicinal que actua sobretudo ao nível das vias respiratórias. Queimar alguns pés de Alfazema para purificar o ambiente da casa, é uma das formas de ajudar a renovar o ar e a permitir a entrada de mais oxigénio. Obviamente, respirando mais oxigénio desanuvia o organismo, aliviando-o das pressões mentais e pulmonares. São pequenas ajudas que parecem insignificantes, mas eficazes, especialmente no caso desta planta, com características curativas e purificadoras que actua interior e exteriormente nos seres e nos locais.
Banho: um banho perfumado com óleo essencial de Alfazema é um excelente tratamento contra a insónia.
Na Cosmética, como água tónica ajuda a acelerar a substituição das células nas peles sensíveis e é anti-séptica contra o acne. Protector dermatológico.
Em Aromaterapia é um dos óleos essenciais devido à larga amplitude das suas propriedades curativas.
As Flores, menos potentes que o óleo essencial, são benéficas quando usadas como infusão para o cansaço, dores de cabeça, cólicas e indigestão. Devem ser colhidas no final da floração quando as pétalas começam a secar.
Gargarejo com infusão de flores, alivia a dor de dentes.
Características: Amarga, seca e principalmente refrescante e sedativa.
Componentes: Óleo volátil, taninos, cumarinas, flavonóides, terpenóides.
Cresce principalmente nas regiões quentes do Mediterrâneo. É um arbusto muito ramificado e pode atingir 30 a 60 cms de altura. O caule é lenhoso. Dá-se bem em solos arenosos e calcários. Prefere locais ensolarados e bem drenados, protegido pelo vento.
Local onde a Alfazema esteja plantada, torna-se sagrado, pelas suas diversas propriedades benéficas, curativas e desintoxicantes. Da Planta emanam energias tranquilizantes que irradiam por um largo espaço à sua volta. A serenidade e pureza são inerentes da fragrância da Alfazema.
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