1.5.12

Cardo Mariano







Existe na natureza uma planta especial chamada Silybum marianum ou cardo-mariano, que é a resposta da natureza ao bombardeio constante das substâncias tóxicas ao nosso organismo, devido à vida moderna. Contém uma mistura de três flavonolignanos que juntos são designados por Silimarina.

A concentração de Silimarina é maior no fruto, sendo também encontrada nas sementes e folhas. O efeito da Silimarina na prevenção da destruição do fígado e ampliação da sua função relaciona-se grandemente com a sua capacidade de inibir os factores responsáveis pelos danos hepáticos, isto é, radicais livres e leucotrienos, e de estimular a síntese de proteína hepática (talvez o efeito mais interessante dos componentes do silibo sobre o fígado).

O resultado é um aumento na produção de novas células hepáticas para substituir as danificadas. Isso demonstra que a Silimarina exerce um efeito protector e restaurador sobre o fígado.

 A Silimarina impede o dano dos radicais livres actuando como antioxidante sendo muitas vezes mais potente na actividade antioxidante do que a vitamina E.

 A Silimarina não só impede a deplecção de Glutationa (GSH) induzida pelo álcool e outras toxinas hepáticas, mas também se demonstrou que aumenta GSH basal do fígado. Isso é extremamente útil quando a exposição a substâncias tóxicas é alta, devido ao papel vital da Glutationa nas reacções de desintoxicação.

Na Europa o Cardo-Mariano é um medicamento fitoterápico popular confirmado por provas científicas sólidas de como é possível evitar e reverter os danos do fígado, regenerando as suas células e grandes áreas do tecido hepático. Grande parte das pesquisas têm sido feita na Alemanha, onde têm o apoio do governo, como tratamento complementar de inflamações hepáticas crónicas e cirrose.

Na década de 1970, pesquisadores alemães da Universidade de Munique confirmaram a reputação do cardo-mariano como medicamento popular para o fígado ao identificar os agentes farmacológicos protectores do fígado nas suas sementes ou nos frutos, até mesmo e detalharam a sua forma de acção contra as toxinas conhecidas como mais letais das células hepáticas.

Numa série de pesquisas importantes, pesquisadores demonstraram que, quando os ratos eram alimentados com uma substância química de acção prolongada que destruía o fígado, 100% desses animais morriam em 130 dias, mas, quando recebiam simultaneamente o cardo-mariano, 70% deles sobreviviam.

Desde então, mais de duzentos estudos experimentais e clínicos revelam que o cardo-mariano é uma terapia eficaz para várias hepatopatias, inclusive fígado gorduroso - bastante comum até em consumidores moderados de álcool – hepatite aguda e crónica, danos provocados por medicamentos e exposição a substâncias químicas tóxicas e, até mesmo, cirrose avançada, geralmente irreversível, para a qual poucos medicamentos farmacêuticos conseguem algum resultado, bem como para casos de inflamação do ducto biliar.

A Silimarina é um complexo antioxidante único, que exerce o seu poder curativo ao evitar danos às células hepáticas saudáveis e, simultaneamente ao estimular a regeneração daquelas células já afectadas, de acordo com amplas pesquisas realizadas.
Especificamente, a Silimarina monta guarda nos sítios receptores externos das células, impedindo que as toxinas quebrem a fracção lipídica das membranas celulares e penetrem nas células. Também neutraliza as substâncias tóxicas que nelas conseguem penetrar. Ela tem a capacidade única de estimular a síntese de proteínas nas células do fígado pelo aumento da actividade genética (DNA e RNA), o que, na é o que, na verdade, ajuda a regenerar as células danificadas.

O Cardo-Mariano também aumenta as outras defesas antioxidantes nas células hepáticas para neutralizar os invasores tóxicos. Por exemplo, um dos antioxidantes mais potentes do corpo humano é uma substância altamente desintoxicante do sangue - a glutationa. Em seres humanos saudáveis, a silimarina aumentou as concentrações de glutationa no sangue em 35%.

O Cardo-Mariano também aumenta a ação de um outro antioxidante potente, a superóxido dismutase, nas células das pessoas que têm hepatopatias. É interessante observar que esse antioxidante parece ter sido feito especialmente para combater o tipo de radical livre prejudicial gerado pelo álcool no fígado.

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