O cérebro, formado por biliões de células nervosas interligadas, é um dos órgãos
mais complexos do corpo humano e também um dos mais importantes. A maior parte
das informações sensitivas, provenientes de órgãos como os olhos e os ouvidos e
de receptores sensitivos existentes na pele, têm como destino final o córtex
cerebral, onde são seleccionadas, analisadas e, geralmente, percebidas como
imagens, sons, sensações tácteis ou semelhantes. É também no cérebro que são
executadas funções como a compreensão e o reconhecimento, o armazenamento na
memória, o cálculo aritmético, ou a tomada de decisões, etc.
De acordo
com as mais recentes pesquisas, o nosso cérebro é um órgão que pode ser
influenciado ao longo de toda a nossa vida pelos mais diversos factores, como a
alimentação por exemplo. Assim, desde a infância até à velhice torna-se
necessário nutrir o cérebro com vitaminas, suplementos e alimentos que o
protejam das mais diversas agressões e patologias.
Infelizmente, a nossa
dieta actual não é a mais correcta para um cérebro saudável. Na verdade, a maior
parte das pessoas, faz precisamente o contrário, pois consome gorduras e açúcar
em excesso, demasiadas calorias, faz pouco exercício e não faz um sono
reparador. Este tipo de alimentação favorece a actividade dos radicais livres,
grandes responsáveis pela deterioração das células cerebrais e pelo mau
funcionamento do cérebro.
Para poder compensar este tipo de erros
alimentares devemos dar preferência ao consumo de fruta e vegetais, pois são
alimentos altamente ricos em antioxidantes, para além de também fornecerem
vitaminas, minerais e outros nutrientes (como os carotenóides e os polifenóis)
em quantidades consideráveis. Basicamente, os antioxidantes ajudam a combater o
processo de envelhecimento em todo o organismo e, principalmente, a nível do
cérebro. Geralmente, os frutos de cor mais escura são os que contêm níveis mais
elevados de antioxidantes. É o caso das uvas, dos morangos, das amoras, das
cerejas, dos mírtilos, das ameixas, e também dos frutos secos (com a única
contrariedade de estes possuírem mais calorias). No que respeita aos vegetais,
salientam-se nomeadamente aqueles de folha verde, como os espinafres ou a couve.
Outras fontes de antioxidantes são também os sumos de fruta e vegetais, o vinho
tinto, e notavelmente, o chá.
No caso dos lípidos, deverá optar
preferencialmente pelos contidos no peixe, como o salmão ou a sardinha, ricos em
DHA e EPA ou omega-3, como também são designadas este tipo de gorduras. O azeite
(gordura monoinsaturada), contém antioxidantes e beneficia a memória. Porém,
deverá evitar a maior parte das gorduras saturadas de origem animal (carne e
produtos lácteos). No caso da carne, deve optar preferencialmente pelas aves
(sem gorduras) e os derivados do leite deverão ser magros. Também deverá
preterir os óleos vegetais hidrogenados componentes de algumas margarinas,
maioneses e da maior parte dos fritos (fast food).
O excesso de açúcar e
outros hidratos de carbono é também prejudicial ao nosso cérebro, pois
influencia os níveis de glucose, originando, consequentemente, a deterioração e
destruição das células cerebrais. Contudo, o cérebro necessita da energia
fornecida pelos hidratos de carbono para executar correctamente funções como a
memória, a aprendizagem e entre outras funções cognitivas. Assim, deverá optar
geralmente por alimentos de baixo teor glicémico (como por exemplo a maçã, o
feijão, etc.) e se esporadicamente necessitar de um aporte extra de glucose,
poderá então escolher alimentos de elevado teor glicémico (como o pão, a batata,
etc.).
De preferência, evite alimentos processados, geralmente ricos em
farinha, como o pão, biscoitos e bolachas.
É também importante o controlo
de calorias a fim de evitar o excesso de peso, prejudicial à pressão arterial
que, consequentemente, danificará as células cerebrais, provocando o seu
envelhecimento precoce e problemas de memória. Deverá também levar uma vida
calma, evitando estados de stress, respeitando as horas de sono e praticando
exercício físico adequado. Deve ainda estimular a aprendizagem,
independentemente da idade, pois a ginástica mental facilita a capacidade de
memorização.
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